Julho chegou e com ele uma das noites mais aguardadas dos últimos tempos. Confirmando que todos os caminhos levam mesmo ao Templo, no sábado as ruas de Itajaí e Balneário Camboriú testemunharam um fluxo de veículos convergir para uma só direção: a Praia Brava.
É lá, afinal, que está localizado o Warung Beach Club, trazendo desde 2002 os melhores DJs do mundo para encantarem (e se encantarem com) o litoral catarinense. Referência inconfundível nos cenários nacional e internacional, o clube fica de frente para o mar e mistura, sob decoração exótica que salta aos olhos, a harmonia e a intensidade da boa música com a beleza da natureza e o profundo amor de seu público.
“Uma noite no Warung Beach Club nunca é igual à outra. Por isso, todas são especiais.”
Nem mesmo o tempo frio e a certeza de casa cheia foram capazes de impedir que pessoas de todo o país fizessem do Warung seu destino no primeiro sábado de Julho. Ainda na rua ou no estacionamento, os semblantes deixavam claro: todos estavam mais do que ansiosos para ver de perto e dançar até o amanhecer ao som dos grandes nomes da cena eletrônica escalados para dar boas-vindas ao gélido mês.
Aliás, frio mesmo só do lado de fora. Porque, uma vez dentro do Warung, era impossível não se envolver pelo calor dos corpos e dos timbres hipnotizantes das batidas apenas começando a dançar sua mágica.
Após apresentação de Edu Poppo, que aqueceu com estilo e competência os primeiros presentes, o DJ inglês Stuart King assumiu o comando do Garden e tocou grandes sucessos, homenageando até mesmo Depeche Mode e embalando os ouvidos mais críticos, sendo capaz de alinhar muitos dos ânimos e consequentes tribulações e desafios em decorrência do grande público.
Quase na metade da festa, pouco depois das 3h, o Garden pareceu crescer ainda mais com a tão esperada entrada de Lee Foss & Anabel Englund. O DJ entrou pressionando a pista com maestria e a dupla a elevou ao delírio com clássicos como Electricity e Reverse Skydiving.
Enquanto isso, no Inside, Leozinho e Eli Iwasa construíam com seriedade e personalidade um storytelling musical de forma mais que louvável para o destaque da noite: Nastia. A ucraniana entrou mesmo para arrebatar, conseguindo surpreender desde quem sempre aclamou seu som a quem nunca o tinha presenciado.
Mixando efusiva uma série de texturas, a DJ visivelmente deu tudo de si e conseguiu extrair da pista reações intensas e inesquecíveis.
Intimados a descrever o set de Nastia em no máximo 3 palavras, alguns dos comentários de amigos foram:
“Set absolutamente impecável”
“Construiu e destruiu”
“Eu tô apaixonada!”
Sim, a casa estava cheia, e também estava cheia de emoções. A verdade é que, na música como na literatura, é preciso um pouco de paciência quando a obra é extasiante.
Eis que a noite chegou ao fim e, enquanto o público deixava o clube com os mais diferentes sorrisos estampados em cada rosto, o nascer do sol parecia traduzir um pensamento compartilhado entre todos:
Obrigado, Warung, e até a próxima!
Texto por Leonardo G. de Souza e Maria Carolina B. Passos
Fotos por Gustavo Remor e Ebraim Martini